domingo, 25 de maio de 2008

Domingão Solitário

Que domingo é um dia muito maldito, acho que não há dúvidas. Como se não bastasse para todo mundo a deprê de ligar a televisão e ver o empacotado gordo paulista do faustão, ainda tem de quebra, o maldito fantástico com o machão do Zeca Camargo, para acabar de vez com o domingo.


Se isso fosse apenas todo meu problema. Mas essa vida de solteiro é terrível de vez em quando. Tem dois filmes que estou querendo ver e não consigo companhia para ir assistir. Abrindo um parenteses, apenas mulheres conseguem ir ao cinema sozinhas. O pior disso tudo é que realmente quero ir ao cinema para ver o filme e não para uns amassos de leve.

Ir também com outro homem ao cinema, é pelo menos estranho. Já imaginou como seria o convite? Um amigo chamando o outro pro cinema, no mínimo o outro amigo ia perguntar se ele se descobriu agora.

Mas calma, o Rio de Janeiro ainda não anda em falta de mulheres disponível e nem creio que um dia venha a ter. Apenas não estou querendo ir no cinema com o que um amigo meu, carinhosamente, chama de "barrinho"*. Ando sem nenhuma paciência para barrinhos. Fora que tem os "Barros-Burros", que você quase tem que ser uma Elisabete Hart, que Deus a tenha e traduzir simultaneamente o filme para o Barro entender. As legendas são rápidas demais, segundo elas.

Consigo identificar duas soluções para esse meu grande problema. Uma seria criarem um cinema de solteiros. Falando nisso, tem um tio meu, que trabalha na CET-Rio, que já conseguiu se dar bem dentro do cinema. Mas ele nunca conta o segredo do seu sucesso. A outra solução, bem mais simples, é beber no domingo. O problema é ir trabalhar na segunda-feira de cabeção.

*Barrinho é aquela mulher que você sabe que não vai dar em nada, não tem coragem de apresentar à família, mas mesmo assim, quando a maré não tá nada boa, você recorre a ela.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Matrimônio Virtual

Tomando banho, sentadinho no meu banquinho de plástico, medito: "Como será o matrimônio daqui a 20 anos?".



Impossível saber o que vai acontecer. Acredito que estamos vivendo um momento de total mudança de valores, principalmente se falando de família. Um dos meus melhores amigos já foi padrinho cinco vezes. Dessas cinco uniões, quatro já se foram e a que resta, completou três mêses agora. Ou seja, se algum dia o vesgo do cupido do amor me der uma flechada certeira, óbvio que ele não será padrinho.

Mas por que os relacionamentos juramentados na frente do enviado de Deus não dão mais certo, como antigamente? A maioria das pessoas com quem converso acham que os casamentos terminam por traição do homem. Se bem que a maioria dos casais que conheço, que se separaram, foi o homem que terminou. Isso também vai contra aquela teoria, que no passado as mulheres não trabalhavam e por isso não tinham coragem de sair de casa.

Percebo que as pessoas sentem um peso enorme quando assinam aquele livro do cartório, que legaliza a união do casal. Tamanho é esse peso, que conheço um casal de amigos, no qual namorou 10 anos e ficaram casados por 10 meses (Evitem o 10!!!). Uma prima minha que mora nos "importados" (exterior), me disse que não pretende se casar nunca no civil, prefere continuar morando junto com o namorado/marido, que dá mais certo. Mas ela é mais louca do que eu, descarta ela.

Não existe regra para um casamento dar certo. Pode namorar zilhões de anos antes, ou apenas alguns meses, que no final o que vai contar, é a hora que as escovas de dentes dividem o mesmo copinho.

Mas será que temos mesmo que passar o resto da vida unidos a uma ÚNICA pessoa? O passarinho João de Barros passa, mas se ele souber que foi traído, tranca a casinha com a patroa dentro e deixa morrer por fome. Já os leões não conseguem viver com uma única leoa. Nem os macacos. As aranhas Viúva-Negra, bem... esquece elas...

E essas pessoas que se separaram, querem casar de novo? Conheço algumas que querem, mas a grande maioria, não. No máximo uma união estável.

Fato é, que perto dos trinta anos de idade, a mãe natureza acorda as mulheres para sua obrigação com a perpetuidade da humanidade. E elas não gostam de pensar em ser mães, sem uma união registrada no cartório. Elas ainda querem criar seus filhos da mesma maneira como seus pais criaram.

E se continuar pensando muito sobre esse assunto, não chegarei a conclusão nenhuma. Com isso, é impossível como será a cara dessa organização chamada: família.